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Primeira República (1889-1930)


Com o golpe de Estado liderado pelos militares em 15 de novembro de 1889, a Monarquia foi derrubada e a República instituída como forma de governo. Significava que, doravante, os governantes seriam eleitos, e não mais alçados hereditariamente ao poder.
Esta primeira experiência republicana, que durou de 1889 até 1930, foi durante muito tempo chamada de “República Velha”.  Este termo, criado no período imediatamente posterior (década de 1930), carregava significados negativos, caracterizando o período por suas práticas de corrupção, clientelismo e a mentalidade econômica arcaica.
Há una 20 anos, uma nova historiografia tem modificado seu olhar sobre o período, dando atenção a formas antes não percebidas de lutas por direitos e suas conquistas. Por estes novos olhares, o período foi rebatizado de “Primeira República”.
Em linhas gerais, a Primeira República foi um período marcado pelo domínio econômico das elites agroexportadoras, com destaque para aquelas estabelecidas nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Devido aos pactos contraídos entre estas elites, a existência de mecanismos de controle político e à exclusão da maioria da população do direito de votar, costuma-se caracterizar esta República como “oligárquica”, visto que o poder estava nas mãos de poucos grupos políticos.
Em comparação com o período imperial, a Primeira República se caracteriza pela descentralização, com maior autonomia política dos Estados (cobranças de impostos, elaboração de leis, organização das forças de segurança pública).
No que se refere à política econômica, priorizava-se, quase exclusivamente, à exportação de produtos primários, com o predomínio quase absoluto do café. Houve poucos incentivos à indústria, que desenvolveu-se naqueles setores subsidiários à agricultura e durante a Primeira Grande Guerra (1914-1918), na substituição das importações que vinham da Europa.



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